No país a pesca do peixe-boi é crime inafiançável, decretando prisão de dois anos, que mesmo diante deste fato, o animal é alvo de caça constante na Amazônia. A espécie adulta do peixe-boi é o alvo dos caçadores, para retirar a gordura e a pele do animal. A alta mortalidade das espécies adultas compromete a sobrevivência dos filhotes, que para sobreviverem precisam ser criados em cativeiro.
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), cuida hoje de 51 peixes-bois em cativeiro. O Instituto recebe animais feridos e juvenis com risco de sobrevivência, decorrente da mortalidade dos pais.
O grande número de peixes-bois nos cativeiros do INPA preocupa diante da falta de espaço e a dificuldade em alimentá-los, que é avaliada em mais de 15 toneladas de plantas aquáticas mensalmente.
O INPA fez uma experiência de soltar quatro peixes-bois no Rio Cuieiras-AM. Porém não obtiveram êxito. "Dois animais morreram e um a equipe perdeu o sinal e não foi possível continuar o monitoramento”, conta a bióloga Isabel Reis.
Hoje a expectativa do instituto é o projeto em semi-cativeiro, onde três animais serão soltos e irão reaprender a sobreviver em liberdade num lago de três mil metros quadrados, cercado por troncos em Manacapuru, localizado a 70 km de Manaus. Para monitorá-los os pesquisadores vão prender rastreadores nas caudas. "Eles vão permanecer de seis meses a um ano nessas regiões, até que consigam se alimentar sozinhos. Após esse período serão reintroduzidos na natureza definitivamente", descreve o biólogo Diogo Souza.
O numero de peixes-bois existentes na Amazônia é desconhecida, mas o INPA alerta que a situação do animal é muito grave. “Aqui o número de filhotes não pára de crescer. Se continuar assim, com esse ritmo de matança, com certeza a espécie pode vir a desaparecer", alerta a bióloga Gália Mattos.
Texto adaptado da fonte: g1.globo.com/jornalhoje
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