Antonio Carlos Simões, Centro de Comunicação do Instituto de Pesca, 11 de dezembro de 2012
DURANTE O “I Seminário Nacional de Gestão Sustentável de Ecossistemas Aquáticos: Complexidade, Interatividade e Ecodesenvolvimento”, realizado de 21 a 23 de março de 2012 em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, uma equipe de pesquisadores apresentou, em mesa-redonda, resultados preliminares de um projeto em desenvolvimento sobre a pesca da tuvira como isca-viva na região do rio Jacaré Guaçu. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no site do Instituto de Pesca, www.pesca.sp.gov.br, no menu “Textos Técnicos”, item: ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS, “I Seminário Nacional de Gestão Sustentável...”, página 111.
No médio Tietê há concentrações de pescadores de isca-viva, cujo alvo é a pesca da tuvira. Embora recente na região, tal atividade vem apresentando diversos conflitos com a fiscalização, explica Paula Gênova, pesquisadora do Instituto de Pesca, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Segundo a pesquisadora, o objetivo desse projeto é desenvolver uma pesquisa-ação considerando aspectos sociais, econômicos e ambientais, com vistas à elaboração de medidas de manejo do recurso/ordenamento da pesca da tuvira como isca-viva. Para tanto, realizaram-se dois encontros com líderes de isqueiros e uma oficina prospectiva com a comunidade. Com base em resultados preliminares, observa-se a necessidade fundamental de desenvolver pesquisas integradas, aliando o conhecimento local dos pescadores-isqueiros ao conhecimento científico, para tornar a atividade ecológica socialmente sustentável, observa Paula.
A pesquisa considera a experimentação de técnicas/instrumentos de captura de iscas, bem como ações de caráter organizativo da categoria. Os trabalhos em campo deverão observar as diferentes técnicas/estratégias, buscando aprimorá-las para minimizar os impactos da atividade sobre ecossistemas aquáticos.
INTRODUÇÃO
Os principais usuários da tuvira (gênero Gymnotus) como isca-viva são os pescadores amadores/esportivos e, secundariamente, pescadores profissionais que utilizam iscas-vivas na captura de peixes migradores e carnívoros.
A tuvira, quando capturada pela pesca profissional, que é praticada com rede de emalhar (método da espera), não tem valor de mercado ou preferência no consumo alimentar; no entanto, esse recurso vem sendo usado por pescadores isqueiros na forma de isca-viva, na venda para a pesca recreacional, constituindo uma forma alternativa de renda e emprego para pescadores artesanais. Porém, tal atividade, praticada com peneiras ou peneirões em regiões alagadas, de baixa profundidade e recobertas de aguapés, não possui ainda instrumento legal que permita sua prática nos rios do Estado de São Paulo, ao contrário do que já ocorre no Mato Grosso do Sul.
A pesquisa em questão, partindo de uma demanda da própria comunidade, vem considerando os levantamentos de dados primários e secundários, a experimentação de técnicas e instrumentos de captura de iscas-vivas e algumas ações de caráter organizativo da categoria.
Paula Gênova fala sobre a necessidade de se conhecer adequadamente o perfil socioeconômico dos pescadores isqueiros, observando as diferentes técnicas e estratégias de captura, bem como de um estudo bioecológico, com a finalidade de minimizar o impacto da atividade sobre o ambiente.
Para a equipe estudiosa, a busca pela sustentabilidade da atividade de captura de iscas-vivas na região é entendida como uma melhoria das condições socioeconômicas das comunidades, aliada à diminuição dos impactos ambientais negativos decorrentes de tal prática.
DURANTE O “I Seminário Nacional de Gestão Sustentável de Ecossistemas Aquáticos: Complexidade, Interatividade e Ecodesenvolvimento”, realizado de 21 a 23 de março de 2012 em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, uma equipe de pesquisadores apresentou, em mesa-redonda, resultados preliminares de um projeto em desenvolvimento sobre a pesca da tuvira como isca-viva na região do rio Jacaré Guaçu. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no site do Instituto de Pesca, www.pesca.sp.gov.br, no menu “Textos Técnicos”, item: ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS, “I Seminário Nacional de Gestão Sustentável...”, página 111.
No médio Tietê há concentrações de pescadores de isca-viva, cujo alvo é a pesca da tuvira. Embora recente na região, tal atividade vem apresentando diversos conflitos com a fiscalização, explica Paula Gênova, pesquisadora do Instituto de Pesca, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Segundo a pesquisadora, o objetivo desse projeto é desenvolver uma pesquisa-ação considerando aspectos sociais, econômicos e ambientais, com vistas à elaboração de medidas de manejo do recurso/ordenamento da pesca da tuvira como isca-viva. Para tanto, realizaram-se dois encontros com líderes de isqueiros e uma oficina prospectiva com a comunidade. Com base em resultados preliminares, observa-se a necessidade fundamental de desenvolver pesquisas integradas, aliando o conhecimento local dos pescadores-isqueiros ao conhecimento científico, para tornar a atividade ecológica socialmente sustentável, observa Paula.
A pesquisa considera a experimentação de técnicas/instrumentos de captura de iscas, bem como ações de caráter organizativo da categoria. Os trabalhos em campo deverão observar as diferentes técnicas/estratégias, buscando aprimorá-las para minimizar os impactos da atividade sobre ecossistemas aquáticos.
INTRODUÇÃO
Os principais usuários da tuvira (gênero Gymnotus) como isca-viva são os pescadores amadores/esportivos e, secundariamente, pescadores profissionais que utilizam iscas-vivas na captura de peixes migradores e carnívoros.
A tuvira, quando capturada pela pesca profissional, que é praticada com rede de emalhar (método da espera), não tem valor de mercado ou preferência no consumo alimentar; no entanto, esse recurso vem sendo usado por pescadores isqueiros na forma de isca-viva, na venda para a pesca recreacional, constituindo uma forma alternativa de renda e emprego para pescadores artesanais. Porém, tal atividade, praticada com peneiras ou peneirões em regiões alagadas, de baixa profundidade e recobertas de aguapés, não possui ainda instrumento legal que permita sua prática nos rios do Estado de São Paulo, ao contrário do que já ocorre no Mato Grosso do Sul.
A pesquisa em questão, partindo de uma demanda da própria comunidade, vem considerando os levantamentos de dados primários e secundários, a experimentação de técnicas e instrumentos de captura de iscas-vivas e algumas ações de caráter organizativo da categoria.
Paula Gênova fala sobre a necessidade de se conhecer adequadamente o perfil socioeconômico dos pescadores isqueiros, observando as diferentes técnicas e estratégias de captura, bem como de um estudo bioecológico, com a finalidade de minimizar o impacto da atividade sobre o ambiente.
Para a equipe estudiosa, a busca pela sustentabilidade da atividade de captura de iscas-vivas na região é entendida como uma melhoria das condições socioeconômicas das comunidades, aliada à diminuição dos impactos ambientais negativos decorrentes de tal prática.
excelente post!
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